Notícias

Colégio Santo Agostinho discrimina professores brasileiros de inglês

14 de outubro de 2020

O Sinpro Minas repudia a postura do Colégio Santo Agostinho que, no último mês, divulgou a contratação de professores/as de língua inglesa, que obrigatoriamente sejam nativos de países onde o inglês seja a língua oficial.

A própria divulgação da vaga já evidencia a visão equivocada com relação às nacionalidades e territórios. “Ser canadense, americano ou nativo de um país e língua oficial inglesa”. Limitar a América aos Estados Unidos já é uma visão distorcida, já que estamos nos referindo a um continente do qual todos/as nós, latinos e latinas, também fazemos parte.

Os parâmetros impostos pela instituição seguem os acordos de parceria com uma empresa de educação canadense. O programa chamado “High School” pressupõe que professores/ nativos da língua inglesa só precisam de bacharelado em educação e uma certificação, anulando o critério, inclusive, de diploma reconhecido pelo MEC.

Para Valéria Morato, presidenta do Sinpro Minas, é contraditório e desrespeitoso que uma instituição brasileira, que atua no Brasil, tenha essa postura. “A exclusão já começa quando o anúncio da vaga é feito somente em língua inglesa. E estamos falando de uma instituição católica, que defende valores de inclusão, mas que, na prática, acaba agindo de maneira preconceituosa. Afinal, por que um/a brasileiro/a (ou qualquer profissional de outra nacionalidade) não pode ter pleno domínio das línguas “dominantes”, como o inglês?”, questiona.

O Sinpro Minas compreende que essa é uma postura que reafirma toda uma lógica colonizadora e excludente, que marca a história do Brasil há séculos. A educação, que deveria ser um campo de reconstrução e valorização das nossas diversas identidades, em uma lógica mercadológica, só reforça essa visão opressora. Para além disso, esse tipo de contratação segregadora desvaloriza o profissionalismo de professores/as brasileiros/as da área de Letras, que se dedicam a uma formação acadêmica para ocuparem este lugar e têm tanta competência (ou mais) quanto qualquer profissional de outra nacionalidade.

COMENTÁRIO

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Categorias

Artigo
Ciência
COVID-19
Cultura
Direitos
Educação
Entrevista
Eventos
Geral
Mundo
Opinião
Opinião Sinpro Minas
Política
Programa Extra-Classe
Publicações
Rádio Sinpro Minas
Saúde
Sinpro em Movimento
Trabalho

Regionais

Barbacena
Betim
Coronel Fabriciano
Divinópolis
Governador Valadares
Montes Claros
Patos de Minas
Poços de Caldas
Pouso Alegre
Sete Lagoas
Uberaba
Uberlândia
Varginha