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Decisão histórica: Cuba e Estados Unidos retomam relações diplomáticas

18 de dezembro de 2014

O presidente cubano, Raúl Castro, se pronunciou nesta quarta-feira (17) em rede nacional para anunciar mudanças históricas nas relações diplomáticas entre a ilha caribenha e os Estados Unidos. Desde 1962, o governo norte-americano mantém um bloqueio econômico, comercial e financeiro a Cuba. Ao mesmo tempo, Barack Obama declarou publicamente que irá começar “um novo capítulo na relação com Cuba”.

Segundo o chefe de Estado cubano, ele e Obama sustentaram uma “conversa telefônica do mais alto nível” na última terça-feira (16): “Concordamos com a retomada das relações diplomáticas, mas isso não significa que o principal foi resolvido, o bloqueio que causa tantos danos deve cessar”, afirmou Raúl Castro.

O cerco tornou-se um problema da atual administração estadunidense e acabou recebendo duras críticas por resultar no isolamento dos EUA. O bloqueio foi amplamente rechaçado durante todo o ano de 2014, não só no âmbito da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), mas também nos grupos regionais de organização mundial. Até mesmo o New York Times, um dos maiores veículos de comunicação do país, dedicou seis editoriais sugerindo a suspensão das políticas de austeridade e aconselhando o governo norte-americano a promover a “aproximação diplomática” com Cuba.

Em sua alocução, Raúl Castro afirmou que os países devem “aprender a arte de conviver com nossas diferenças”. Para isso, o chefe de Estado cubano propôs que sejam tomadas “medidas mútuas para melhorar o clima bilateral e avançar à normalização das relações entre os nossos países”.

Obama, por sua vez, disse que “não podemos continuar fazendo a mesma coisa sempre e esperar o mesmo resultado. Não podemos permitir que sanções aumentem o peso sobre cidadãos cubanos que queremos ajudar”. O presidente norte-americano prometeu ainda que irá “discutir com o Congresso a possibilidade de levantar o embargo”.

O emblemático gesto de aproximação
As autoridades cubanas anunciaram a libertação do prisioneiro americano Alan Gross, que cumpriu 5 de uma pena de 15 anos de prisão por “ameaças à segurança de Estado”. Cuba expressou em diversas oportunidades sua disposição de discutir o caso de Gross em um contexto que incluísse a situação de três agentes antiterroristas cubanos (que formam parte do grupo conhecido como “Cinco Cubanos”) que cumpriam pesadas sentenças de prisão nos Estados Unidos. Por fim, nesta quarta-feira (17), as partes chegaram a um acordo que permitiu a troca de seus respectivos cidadãos.

O presidente de Cuba informou a chegada de Ramón Labañino, Gerardo Hernández e Antonio Guerrero. Ele recordou a promessa feita em 2001 pelo comandante da Revolução Cubana, Fidel Castro, ao afirmar que os patriotas voltariam à ilha (“Volverán”).

Raúl Castro afirmou que a decisão de Obama de libertar os três antiterroristas merece respeito e reconhecimento do povo cubano. “Decidiram libertar os cidadãos de origem cubana e, por razões humanitárias, libertamos também o cidadão americano Alan Gross”, afirmou.

Fonte: Portal Vermelho

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