Notícias

Ex-ministros defendem Educação

5 de junho de 2019

Seis ex-ministros da Educação (veja lista abaixo) assinaram uma carta em defesa das políticas públicas da área, pedindo a garantia de recursos, maior autonomia universitária e igualdade de acesso. O documento foi apresentado nesta terça (4) durante um evento na Universidade de São Paulo (USP).

Os ex-ministros também anunciaram a constituição de um observatório da Educação, que será constituído por eles a fim de orientar gestores municipais, estaduais e políticos a respeito dos pontos da carta.

Os ex-ministros defenderam o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e maior repasse a estados e municípios. Criado em 2006 e regulamentado em 2007, o fundo tem vigência até 2020. Por isso, o Congresso discute um novo formato para restabelecer o financiamento.

Em maio, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados que é a favor de aumentar os recursos, mas também de cobrar metas.

A educação precisa de certas garantias fundamentais e a autonomia dos professores e liberdade de cátedra são questões absolutamente inegociáveis”, disse José Goldemberg, ministro da Educação entre 1991 e 1992.

Eles também criticaram os contingenciamentos e defenderam as pesquisas feitas em universidades públicas. “Há um ataque em várias frentes, como se a universidade fosse uma ameaça”, disse Aloizio Mercadante, que foi ministro entre 2015 e 2016.

Confira os principais pontos da carta:

– Educação e saúde devem ser priorizados em qualquer governo

– Os contingenciamentos ocorrem em todos os governo, mas “na magnitude que estão sendo apresentados, podem ter efeitos irreversíveis e até fatais”

– A educação é essencial para o crescimento estratégico da economia

– Economia não avança sem educação

– É consenso que a educação deve ser uma política pública de estado

– Educação básica pública deve ser a grande prioridade nacional

– Investir em educação implica em valorizar professores, fazer a reforma do ensino médio, aperfeiçoar a gestão, construir diretrizes nacionais de carreira para professores e diretores do ensino público

– Inovação dos métodos, deslocando a ênfase do ensino para a aprendizagem

– Empenho na educação infantil e alfabetização na idade certa

– Melhora de escolas, laboratórios e bibliotecas

– Profissão docente não pode ser submetida à perseguição ideológica

– Liberdade de cátedra e o livre exercício do magistério são valores fundamentais

– Fortalecimento da cooperação e colaboração entre União, Estados, Municípios e Distrito Federal

– Autonomia das redes

– Constituição de um Sistema Nacional de Educação

– Aumento dos repasses do governo federal para estados e municípios

– Ampliação do Fund

– Ingresso e permanência dos estudantes no ensino superior

– Maior qualidade no ensino superior

Quem assina a carta

– José Goldemberg

– Murilo Hingel

– Cristovam Buarque

– Fernando Haddad

– Aloizio Mercadante

– Renato Janine Ribeiro

Fonte: CTB com informações do G1

COMENTÁRIO

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Categorias

Artigo
Ciência
COVID-19
Cultura
Direitos
Educação
Entrevista
Eventos
Geral
Mundo
Opinião
Política
Programa Extra-Classe
Publicações
Rádio Sinpro Minas
Saúde
Sinpro em Movimento
Trabalho

Regionais

Barbacena
Betim
Cataguases
Coronel Fabriciano
Divinópolis
Governador Valadares
Montes Claros
Paracatu
Patos de Minas
Poços de Caldas
Pouso Alegre
Sete Lagoas
Uberaba
Uberlândia
Varginha