A Câmara dos Vereadores de São Paulo virou um campo de guerra na tarde dessa quarta-feira (14/03). Professores/as da rede municipal de ensino foram atacados pela Polícia Militar e pela Guarda Civil Metropolitana de São Paulo em plenário com bombas de gás lacrimogênio, balas de borracha e cacetetes.
Os/as professores/as protestavam contra o corte em suas aposentadorias. O projeto do prefeito João Doria afeta mais de 200 mil servidores da maior cidade do país.
Segundo relato da presidenta do Sindicato dos Educadores da Infância em São Paulo (SEDIN), Claudete Alves da Silva, os manifestantes foram confinados no plenário enquanto a polícia militar e guardas civis atiravam contra os mesmos bombas de gás lacrimogênio e ainda os feriam gravemente com cacetetes e balas de borracha.
Algumas das bombas lançadas pelos policiais chegaram até a calçada oposta à da Câmara, onde ficam prédios residenciais. A confusão se espalhou pelas ruas da vizinhança. Do lado de dentro da Câmara, funcionários municipais — alguns da própria Câmara – gritavam “abaixo a repressão” aos guardas e policiais que reprimiam as manifestações de forma violenta.
O estopim da confusão foi a agressão sofrida por uma professora, por parte de um agente policial, dentro do Salão Nobre onde a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) se reunia para debater o projeto em questão.
Desde o início da desastrosa gestão do prefeito João Dória, os servidores municipais lutam contra a retirada de seus direitos, que afetam em grande medida o seu direito à aposentadoria, sendo que os trabalhadores da educação municipal se encontram em greve há cerca de seis dias.
“Antes de abandonar a prefeitura, João Doria quer ser lembrado como carrasco dos professores. Quer levar 20% dos salários e ainda reprimir quem se manifesta. Um atentado o que a prefeitura faz nesse momento contra o protesto de professores na Câmara Municipal de SP”, alerta o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).
Mesmo sob protestos e muita violência policial contra os manifestantes, o texto do projeto foi aprovado por volta das 15h45 de hoje.
*Com informações do Portal Uol
Nota do Sinpro Minas
O Sinpro Minas manifesta seu veemente repúdio à ação dos agentes de repressão e violência de São Paulo e à gestão Dória, que não oferece diálogo aos servidores e precariza suas condições de vida e trabalho.
É inaceitável que as organizações que representam os servidores de São Paulo, bem como quaisquer outras organizações da Classe Trabalhadora, que enfrenta sucessivos golpes, não tenham respeitado seu direito constitucional à manifestação, à greve ou sequer sejam chamadas ao diálogo com a gestão pública.
Os/as professores/as do setor privado do Estado de Minas Gerais são solidários aos professores de São Paulo e se colocam juntos na unidade de luta e resistência contra os diversos ataques que a categoria vem sofrendo.
Veja galeria com imagens da violência contra os professores de São Paulo:
Imagens fornecidas pelos manifestantes no local, via WahttsApp
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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