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Nossa pauta é justa! Por valorização e melhores condições de trabalho

29 de fevereiro de 2016

Intervalo Nordeste

Campanha Reivindicatória 2016
# Sou professor/a, tenho valor

Quando você vai ao supermercado ou ao banco para pagar contas, esses estabelecimentos dão desconto para professores? Claro que não. Pois é, os donos de escolas privadas da região do Nordeste de Minas querem que os professores dêem desconto no reajuste dos salários. Algo muito estranho, não é? Ainda, no supermercado, se você reclama que o preço de um produto está mais alto, não adianta falar em crise, o valor não muda.

O salário dos(as) trabalhadores(as) são reajustados conforme o índice de inflação no período de um ano para recompor o poder de compra que o salário tinha quando o/a trabalhador/a foi contratado/a. Isso é o mínimo para que, ao longo dos anos, a pessoa possa cumprir os seus compromissos financeiros e ter uma vida digna. O ideal mesmo é ter um aumento acima do índice de inflação, o que se pode considerar um aumento real do poder de compra. Assim, os(as) professores(as), se sentem mais valorizados e melhoram a qualidade de vida, com consequências para a melhoria da qualidade da educação.

Em resposta à pauta dos/as professores/as, entregue em novembro de 2015, o sindicato patronal enviou um documento que passa longe das reivindicações da categoria. Além de desconsiderar a pauta dos/as professores/as, o patronal sinaliza com reajuste abaixo da inflação. Aplicar o índice acumulado pela inflação medido pelo INPC é o mínimo para recompor o poder de compra do salário. Não é possível negociar nada abaixo disso.

O Sinpro Minas reafirma a pauta da categoria que prevê aumento real, unificação dos pisos salariais, aumento do adicional extraclasse para 33%, estabilidade no emprego durante o ano letivo, unificação das datas-base e regulamentação da EaD, entre outras.

Ao contrário do que afirma o patronal, a unificação dos pisos da educação básica, assim como a unificação dos pisos do interior com os da capital são para o conjunto da categoria perfeitamente justificáveis. Afinal, os(as) professores(as) investem em formação e realizam as atividades docentes da mesma forma em qualquer lugar. O excesso da carga de trabalho justifica o aumento do adicional extraclasse, assim como ocorre na rede pública, em que a lei já garante um adicional de 1/3 da jornada. Também é uma reivindicação antiga que o adicional por tempo de serviço seja de 10% para quem tem 10 anos de casa e de 15%, para quem tem 15 anos até o limite de 25%, como ocorre nas demais convenções assinadas no estado.

Os patrões usam o argumento da crise para não atender as justas reivindicações da categoria. Entretanto, reajustam as mensalidades acima da inflação, garantem seus lucros, sem se importarem com o impacto da crise sobre o bolso dos alunos. Não é justo que os/as professores/as fiquem no prejuizo mais uma vez.

A categoria já sabe que a mobilização é o melhor caminho para rompermos este ciclo de exploração que as escolas particulares têm imposto aos/as professores/as. Não vamos nos intimidar!

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