É com grande indignação que a diretoria do Sinpro Minas acompanha os acontecimentos políticos no país. As tentativas de desestabilizar um governo democraticamente eleito e a condução coercitiva do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva pela Polícia Federal, ocorrida no dia 4 de março, são alguns dos indicativos de que um golpe sobre as instituições democráticas desse pais está em curso.
Para o jurista Celso Antônio Bandeira de Mello tudo isso sinaliza o fim da democracia. “A condução coercitiva do Lula, juridicamente, não passa de um absurdo. Porque quem não se recusa a depor, quem não resiste a colaborar com a autoridade, não pode receber nenhuma condução coercitiva”, afirmou em entrevista à Rede Brasil Atual.
Disfarçada de suposto combate à corrupção, a condução coercitiva praticada arbitrariamente é, na verdade, uma tentativa de tirar Lula da cena política, pelo simples fato de ele ser a principal liderança do país e o nome dos trabalhadores de maior evidência para as eleições de 2018. Pesquisa realizada pelo instituto Vox Populi mostrou que 56% desaprovaram a inclusão de Lula na Lava Jato, 65% acharam exagerada a condução coercitiva, e 57% afirmaram que acreditam em Lula.
Forças da direita, em conluio com a mídia golpista, desejam interromper o ciclo de desenvolvimento iniciado em 2002. A valorização do salário mínimo, o acesso à casa própria, o aumento das vagas nas universidades, os programas que tiraram milhões de brasileiros da linha da pobreza e miséria são conquistas inaceitáveis para a casa grande. Querem impor o retrocesso com ameaças à democracia e à soberania nacional e os maiores prejudicados serão os trabalhadores.
Conforme reafirma a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), defendemos que suspeitas e denúncias de corrupção devam, sim, ser investigadas e os comprovadamente culpados devidamente punidos. No entanto, essas são questões muito caras a nós, educadores e educadoras, para que permitamos que sejam usadas, de forma leviana e até criminosa, por aqueles que atacam a democracia e o Brasil.
Não assistiremos inertes a esta ofensiva golpista, fruto de um conluio de setores endinheirados e reacionários com ramificações no Judiciário, na Polícia Federal e no Ministério Público, apoiados e protegidos por uma mídia corporativa a serviço da elite dominante.
O Sinpro Minas convida a todos para se unirem em defesa da democracia. Os movimentos sociais e sindicais vão sair às ruas “contra o golpe”, e em favor dos direitos trabalhistas nos dias 18/03 (Dia Nacional de Mobilização) e no dia 31/03 (Marcha para Brasília) . Vamos reagir nas ruas e na luta de ideias para o país continuar a avançar.
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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