Em assembleia nesse sábado (2/4), professores do setor privado de Belo Horizonte e região rejeitaram, por unanimidade, a contraproposta apresentada pelos donos de escolas nas negociações da campanha reivindicatória deste ano.
Os docentes também autorizaram o Sinpro Minas a continuar a negociar com o patronal (Sinep/MG), a partir da pauta apresentada pela categoria.
Os professores reivindicam a recomposição salarial de acordo com o INPC e um ganho real de 3%, a manutenção dos direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), a regulamentação do trabalho virtual, a proibição da dispensa coletiva e da contratação precária, entre outros pontos de valorização profissional.
Já a contraproposta patronal prevê uma série de itens que retiram direitos dos professores e precarizam as condições de trabalho da categoria. Por exemplo, os donos de escolas querem acabar com a cláusula da isonomia salarial, reduzir o valor do adicional por tempo de serviço, alterar férias e recessos e retirar bolsas de estudos para parcela expressiva da categoria.
Além disso, eles nada disseram sobre o percentual de reajuste do salário dos professores (confira abaixo a contraproposta).
Durante a assembleia, realizada de forma híbrida (virtual e presencial), professores relataram situações de exaustão no trabalho, em decorrência da sobrecarga de atividades e das cobranças por parte da direção escolar.
Eles também criticaram a falta de uma proposta de reajuste salarial, em um momento de aumento da inflação e do valor das mensalidades e de permanência de salas de aula cheias de alunos.
De acordo com levantamento do site de pesquisa Mercado Mineiro, o valor das mensalidades escolares na capital subiu em média acima de 10%, e os indicadores oficiais do governo mostram que a inflação fechou o ano passado com a maior alta desde 2015.
“Com essa contraproposta, os donos de escola agem em direção oposta à valorização da categoria, depois de dois anos de pandemia, período em que os professores e professoras se desdobraram para manter o ensino de qualidade, inclusive fazendo investimentos do próprio bolso. Ao invés de reconhecer todo a dedicação e valorizar os professores, o patronal investe contra os direitos já conquistados e tenta precarizar as condições de vida e trabalho da categoria. Não aceitaremos retrocessos, e essa foi a mensagem clara deixada na assembleia. Vamos ampliar a mobilização e mostrar, mais uma vez, que exigimos respeito e valorização profissional”, ressaltou a presidenta do Sinpro Minas, Valéria Morato.
Uma nova assembleia está prevista para este mês, após novas reuniões de negociação. Assim que a data for definida, o Sinpro Minas informará a categoria.
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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