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Revista Elas por Elas e homenagens destacam o protagonismo das mulheres

18 de setembro de 2017

O protagonismo da mulher e a luta pela igualdade de gênero têm ganhado cada vez mais visibilidade. Essa temática marca historicamente a trajetória do Sinpro Minas, que representa uma categoria majoritariamente feminina. Nesse momento de fortes ataques aos direitos de todos/as trabalhadores/as, o Sindicato celebra os 10 anos de publicação da revista de gênero “Elas por Elas” e os cinco anos da Comenda Clara Zetkin: homenagem anual às mulheres que lutam por uma sociedade mais igualitária.

O evento organizado pelo Sinpro Minas para lançar a 10ª edição da revista Elas por Elas e entregar a medalha Clara Zetkin aconteceu no dia 15 de setembro na sede do sindicato, em Belo Horizonte. Para a presidenta do Sinpro Minas e da CTB Minas, Valéria Morato, é de grande importância ter um veículo de comunicação que mostra a resistência das mulheres contra aos ataques contra os/as trabalhadores/as. “Tanto a revista Elas por Elas quanto a Comenda Clara Zetkin são muito especiais porque destacam o protagonismo das mulheres que lutam pela transformação da sociedade. Essas ações do Sinpro demonstram a nossa resistência. Tivemos nas últimas décadas muitas lutas e conquistas para as mulheres, avanços que estão sendo desmontados por esse governo ilegítimo que assola o país. Esse governo derruba as conquistas das empregadas domésticas, desmerece a lei Maria da Penha e não se preocupa em manter mulheres nos escalões de poder para ampliar a representatividade delas”, afirma.

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Valéria Morato, presidenta do Sinpro Minas, valoriza a presença das mulheres homenageadas pela Comenda.

“A revista Elas por Elas e a Comenda Clara Zetkin dão visibilidade para as lutas de emancipação feminina. As mulheres têm muito a dizer e a contribuir para uma sociedade mais justa e é importante destacar esse protagonismo”, opina Clarice Barreto, diretora de comunicação do Sinpro Minas e integrante do Conselho Editorial da revista.

Protagonismo nas ocupações estudantis

A revista Elas por Elas 2017 aborda vários temas como a participação das mulheres nos movimentos de luta pela educação e contra o golpe político-jurídico e midiático ocorrido em 2016. Também mostra a realidade das refugiadas no Brasil, o preconceito com a mulheres negras nos relacionamentos afetivos e a resistência das vítimas atingidas pelo crime ambiental ocorrido na região de Mariana.

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Conselho Editorial da Revista Elas por Elas e equipe do Departamento de Comunicação do Sinpro Minas, responsáveis pela produção da revista em 2017.

Temas como linguagem não-sexista, visibilidade lésbica, aborto, violência doméstica, envelhecer com dignidade, mulheres no hip hop e uma entrevista com a cantora Elza Soares também podem ser conferidas na edição de 2017.

Acesse a revista Elas por Elas 2017 aqui 

Comenda Clara Zetkin

Doze mulheres de vários segmentos da sociedade receberam a Comenda Clara Zetkin. Uma delas foi a enfermeira e militante social Nathália Barcelos, que também é uma das fontes na revista sobre feminismo negro. “É uma honra ter participado dessa revista que completa 10 anos, com um tema tão silenciado como a solidão da mulher negra. São em eventos como esse que a gente percebe que a nossa luta não é uma luta solitária”, disse.

Outra homenageada foi Christiane Malard, defensora pública-geral de Minas Gerais. “Quero parabenizar a diretoria do Sinpro Minas por essa iniciativa das homenagens e dessa revista maravilhosa. Eu me sinto muito honrada. No nosso trabalho temos feito uma luta constante contra a violência que atinge as mulheres e buscado fortalecer a mulher. O protagonismo feminino está não só nas ocupações estudantis, como traz a capa da Elas por Elas, mas nas mais diversas áreas como na Justiça e na política”, destaca.

A homenageada Rogéria dos Reis Nascimento, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Entidades Sindicais de Minas Gerais (Sitesemg) disse que foi uma honra receber a medalha e destacou a importância do papel de formação da revista para uma sociedade menos machista. “Todas as mulheres de luta precisam ser valorizadas. Há mulheres que trabalham para que outras mulheres tenham visibilidade, como as fotógrafas, jornalistas, assim como as trabalhadoras que estão por trás da organização desse evento”.

Homenageadas 2017

1- Benilda Regina Paiva Brito 

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É Pedagoga, especialista em Direitos Humanos e Mestre em Gestão Social pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atualmente é Técnica Social do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos de MG. Foi Professora da PUC Minas e coordenadora do Benvinda – Centro de Apoio à Mulher e Gerente de Educação da Regional Norte da PBH. Foi representante dos Conselhos Estadual e Municipal dos Direitos da Mulher. É membro Titular do Grupo Assessor da Sociedade Civil da Onu Mulher. É Fundadora o Nzinga – Coletivo de Mulheres Negras.

2- Carmélia Viana Rocha

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Graduada em Artes Cênicas e Psicologia. É Militante feminista, presidenta do Movimento Popular da Mulher (MPM) e vice presidenta do Conselho Estadual da Mulher de Minas Gerais. Foi representante do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e da executiva Nacional da União Brasileira de Mulheres (UBM).

 3- Chistiane Neves Procópio Malard 

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Defensora pública-geral de Minas Gerais. Formada em Direito, pela UFMG e Comércio Exterior pela UNA-Faculdade de Ciências Gerenciais. É autora de artigos publicados e concluiu o projeto de pesquisa acadêmica pela Fundação João Pinheiro, com o tema “Proposta de construção de modelos de escola superior e de centro de desenvolvimento institucional para a Defensoria Pública de Minas Gerais numa perspectiva do planejamento estratégico.”

4- Diva Moreira

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Jornalista e cientista política. É ativista no movimento negro Participa de redes nacionais e internacionais, que atuam na área de combate ao racismo, e na defesa dos direitos humanos. É diretora de projetos do Instituto Pauline Reichstul onde coordena o projeto de pesquisa Adoecimento nas Escolas. Participou do Movimento Feminino Pela Anistia e foi uma das fundadoras do MOM – Movimento de Organização das Mulheres.

5- Márcia Rocha Parisi 

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Médica pediatra, especialista em nutrição humana e em saúde do adolescente. É mestre e doutora em Medicina pela UFMG. Ex-coordenadora da área técnica de Saúde da Criança e do Adolescente da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, onde participou da implantação de vários programas, dentre eles a rede de saúde das mulheres em situação de vulnerabilidade.

6-Maria José da Silva 

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Pedagoga e professora de escolas municipais e estaduais de Minas Gerais. É uma das fundadoras da Associação José Marti.

7-Nathália Orleans Barcelos

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Enfermeira e educadora popular– Integrou a organização política Brigadas Populares. Participou da organização das ocupações Dandara, Luiz Estrela e Viaduto Santa Tereza. Atuou na produção, junto a Casa Fora do Eixo, do 1º Encontro Latinoamericano de Mulheres (ELLA). Ex-integrante dos Coletivos Sarau Vira Lata e BamboArte.

8-Patricia Habkouk

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Promotora de Justiça no Ministério Público de Minas Gerais. Ao longo de sua vida profissional sempre atuou em defesa da mulher. É titular da 18ª Promotoria, Especializada no Combate a Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e faz parte da REDE Estadual de Enfrentamento à Violência contra a Mulher.

9- Rogéria Cássia dos Reis Nascimento

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Trabalhadora do SindSaúde. É diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Entidades Sindicais de Minas Gerais (Sitesemg). Iniciou sua militância em 1978, no Movimento Negro Unificado, e sempre esteve na organização de várias lutas sociais, como: luta antimaniconial, movimento de mulheres e LGBT.

10-Rosangela Carrusca Alvim

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Médica pediatra. Professora da Faminas e da Faculdade da Saúde e Ecologia Humana de Vespasiano (Faseh). Professora de pediatria aposentada na UFMG e diretora da Apubh (Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco).

11- Sônia Caldas Pessoa

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Professora do Departamento de Comunicação e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da UFMG. É doutora em Estudos Linguísticos pela UFMG, com estágio doutoral na Université Paris Est-Crèteil. É coordenadora do Afetos (Grupo de Pesquisa em Comunicação, Acessibilidade e Vulnerabilidades). Ex-professora de universidades privadas de Minas Gerais.

12- Otávia Fernandes de Souza Rodrigues

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Professora aposentada da UFMG. Diretora do Sindicato de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco – APUBH. Já lecionou nas universidades federais de Goiás e de Brasília e na PUC Minas. Foi fundadora e presidente do Sindicato dos Sociólogos de Minas Gerais. Atuou em comunidades de bairros de Belo Horizonte, com destaque para o Alto Vera Cruz.

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