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Trocar o ministro da Educação é insuficiente, defende Valéria Morato

29 de junho de 2020

Valéria Morato

“Não basta trocar de ministro, tem de mudar o comando central”, afirma a presidenta do Sinpro Minas
Por Railídia Carvalho, da CTB Nacional


A educadora Valéria Morato, presidenta da seção mineira da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB Minas), afirmou que o novo ministro da Educação, Carlos Decotelli, não atende aos preceitos constitucionais da educação brasileira. “Não basta só lutar para troca de ministro, precisamos trocar o comando central”, disse Valéria ao Portal CTB.

A dirigente também é presidente do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro Minas) e reiterou que o presidente Jair Bolsonaro tem como projeto entregar o Brasil, e a educação faz parte desse projeto. “Esse ministro é muito ligado à irmã do Paulo Guedes e reafirma dentro da gestão do MEC uma gestão de privatização da educação e entrega para grandes conglomerados que tratam a educação como mercadoria”, argumentou Valéria.

Para ela, o governo Bolsonaro parece mais um quartel do que um governo. “É mais militar que civil”, afirmou. Carlos Decotelli é oficial de reserva da Marinha. Ele substituiu Abraham Weintraub, que sucedeu Ricardo Vélez. “É o terceiro ministro em um ano e meio de governo. Esse governo não tem nenhum rumo e nenhuma meta para a educação pública. Não sabe de educação, nem para que serve a educação, nem os preceitos constitucionais”, ressaltou Valéria.

A presidente da CTB Minas também lembrou que Decotelli tem o nome ligado a suspeitas sobre um edital de 3 bilhões de reais, alvo da Controladoria Geral da União (CGU), que encontrou inconsistências no processo. Decotelli coordenava, entre fevereiro e agosto do ano passado, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que tinha entre os programas prioritários o “Educação Conectada”, que lançou o referido edital para a compra de equipamentos de tecnologia educacional.

“O ministro tem um passado que não é o perfil de um governo que quer acabar com a corrupção. De outro lado, o ministro se diz técnico e quem é simplesmente técnico não pode estar à frente de uma gestão para a pólis, que é política, que é para o povo”.

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