Uma reunião realizada na tarde de ontem no Ministério Público Estadual (MPE) parece ser o início de um acordo entre o conselho curador da Fundação Mineira de Educação e Cultura (Fumec), os professores da Faculdade de Engenharia e Arquitetura (Fea) e os alunos, que há uma semana estão sem aulas. O afastamento do diretor da Fea e de dois conselheiros gerou a paralisação das aulas.
Segundo os professores Eduardo Georges Mesquita e Estevam Quintino Gomes, os conselheiros afastados, alguns compromissos foram firmados e deverão ser oficializados em uma reunião marcada para a próxima segunda-feira.
“Após essa reunião, o professor Luiz Lacerda (diretor) será reintegrado em suas funções administrativas e acadêmicas. Também ficou definida uma mudança no estatuto da Fumec, elevando de seis para 12 os membros efetivos, sendo que seis desses representantes serão escolhidos entre entidades da sociedade civil”, explica Estevam Quintino.
De acordo com ele, os atuais conselheiros também firmaram um compromisso de renúncia para que, em outubro, após a aprovação do novo estatuto, seja realizada uma eleição para a compor o conselho curador da Fumec. “Houve um acirramento tão grande que o diálogo acabou. O melhor é eleger um novo conselho”, diz Eduardo Mesquita.
O Ministério Público também sugeriu que, após a posse do novo conselho, seja contratada uma auditoria externa, indicada pelo próprio MPE, para investigar as denúncias de professores e estudantes. O presidente do conselho curador da Fumec, Air Rabelo, considerou a reunião positiva. “Sempre utilizamos o Ministério Público como um órgão de apoio. Nossa intenção é entrar num acordo. Só a Fumec que perdeu com toda essa confusão”, diz Rabelo.
Segundo ele, o novo estatuto já está nas mãos do MPE e, até a próxima sexta-feira, os promotores deverão apresentar as “possíveis ressalvas”. Eduardo Mesquita conta que os conselheiros da Fea apresentaram ao MPE 14 pontos de divergência em relação ao novo estatuto. “Alguns coincidem com as ressalvas do MPE”.
Alunos pedem auditoria na universidadeNa última quinta-feira, os alunos da Fumec entregaram ao Ministério Público Estadual um abaixo-assinado com 4.220 assinaturas. Os estudantes pedem uma auditoria externa de gestão em todas as unidades da universidade, reitoria e fundação.O promotor Marcelo Oliveira Costa, que recebeu o documento, afirmou que as denúncias já haviam sido apresentadas por conselheiros e que “entende recomendável que os procedimentos administrativos sejam conduzidos por agentes externos à instituição”. (ACB)
Volta às aulas. Em assembleias distintas, realizadas na noite de ontem, alunos e professores da Universidade Fumec deliberaram pela volta às aulas na próxima segunda-feira.
Na segunda-feira, às 16h, uma nova reunião será realizada no Ministério Público Estadual para oficializar o acordo entre os membros do conselho curador da Fumec.Fonte: Jornal O Tempo – 18/09/2010
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O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
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