Notícias

Chega de jornada 6×1 na educação! Sábado letivo, não!

22 de novembro de 2024

Os trabalhadores brasileiros abraçaram de vez a campanha pela aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que propõe o fim da jornada de seis dias de trabalho para um de descanso (6×1) sem diminuição salarial.

A proposta já recebeu o número suficiente de assinaturas para ser protocolada na Câmara dos Deputados, e a expectativa é de que ela comece a tramitar em breve. Além de acabar com a escala 6×1, o projeto pretende migrar para um modelo em que o trabalhador teria três dias de folga, incluindo o fim de semana.

Uma forte mobilização tem sido feita nas redes sociais, de forma espontânea, levando o assunto a ser um dos mais comentados na sociedade recentemente, o que demonstra como isso afeta quem realmente trabalha no Brasil.

Afinal, mais dias de folga significa mais qualidade de vida, com mais tempo para o descanso e para outras atividades de lazer e, como consequência, menos estresse e outros problemas de saúde física e mental.

Diversos especialistas na área de saúde do trabalho apontam para a importância dessa medida na contemporaneidade, marcada pela sobrecarga de trabalho, por jornadas exaustivas e pela pressão por resultados. Segundo avaliam, a atual escala 6×1 é incompatível com a dignidade do trabalhador.

Aqueles que criticam a medida representam os mesmos que, no passado, foram contra a jornada de oito horas, a criação do salário mínimo, a instituição do 13º salário, entre outros avanços. É sempre assim: toda vez que uma medida que beneficia os trabalhadores começa a ser discutida, os donos do dinheiro se unem para barrá-la, com a alegação de que as mudanças podem afetar a economia, o que a história já demonstrou ser uma falácia.

Na prática, enquanto o Brasil que trabalha luta pela aprovação da proposta, os que vivem de renda e aqueles que exploram o trabalho alheio se esforçam para tentar convencer a população que a proposta é ineficaz ou impossível de ser implementada no país. No entanto, empresas de diversos setores em vários países já reduziram a jornada de trabalho, com ótimos resultados.

Além de melhorar a vida dos trabalhadores, a redução da jornada sem diminuição salarial beneficia a economia. Experiências internacionais demonstraram aumento da produtividade e crescimento econômico. No Brasil, a proposta pode gerar até 6 milhões de novos empregos.

No setor privado de ensino, os professores e as professoras também aderiram à campanha contra a escala 6×1, com a reivindicação do fim dos sábados letivos. Afinal, é extremamente factível ter os 200 dias letivos, conforme exige a LDB (Lei de Diretrizes e Bases), sem aulas aos sábados (confira ao lado a sugestão de calendário escolar para 2025).

Para a categoria, o fim das aulas aos sábados significa mais tempo para descanso, qualidade de vida e saúde física e mental – imprescindíveis para dar conta dos desafios do mundo do trabalho atual. “Essa será uma das nossas principais demandas na campanha reivindicatória. Os professores e professoras estão exaustos e exigem mais tempo livre, para estar com a família e para se dedicarem a outros afazeres. O descanso também um é direito. Chega de exploração! Sábado letivo não!”, ressaltou a presidenta do Sinpro Minas, Valéria Morato.

Queremos tempo para viver! Sábado letivo, não!

Confira aqui nossa proposta de calendário para o ano letivo de 2025.

COMENTÁRIO

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Categorias

Artigo
Ciência
COVID-19
Cultura
Direitos
Educação
Entrevista
Eventos
Geral
Mundo
Opinião
Opinião Sinpro Minas
Política
Programa Extra-Classe
Publicações
Rádio Sinpro Minas
Saúde
Sinpro em Movimento
Trabalho

Regionais

Barbacena
Betim
Coronel Fabriciano
Divinópolis
Governador Valadares
Montes Claros
Patos de Minas
Poços de Caldas
Pouso Alegre
Sete Lagoas
Uberaba
Uberlândia
Varginha