Os trabalhadores brasileiros abraçaram de vez a campanha pela aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que propõe o fim da jornada de seis dias de trabalho para um de descanso (6×1) sem diminuição salarial.
A proposta já recebeu o número suficiente de assinaturas para ser protocolada na Câmara dos Deputados, e a expectativa é de que ela comece a tramitar em breve. Além de acabar com a escala 6×1, o projeto pretende migrar para um modelo em que o trabalhador teria três dias de folga, incluindo o fim de semana.
Uma forte mobilização tem sido feita nas redes sociais, de forma espontânea, levando o assunto a ser um dos mais comentados na sociedade recentemente, o que demonstra como isso afeta quem realmente trabalha no Brasil.
Afinal, mais dias de folga significa mais qualidade de vida, com mais tempo para o descanso e para outras atividades de lazer e, como consequência, menos estresse e outros problemas de saúde física e mental.
Diversos especialistas na área de saúde do trabalho apontam para a importância dessa medida na contemporaneidade, marcada pela sobrecarga de trabalho, por jornadas exaustivas e pela pressão por resultados. Segundo avaliam, a atual escala 6×1 é incompatível com a dignidade do trabalhador.
Aqueles que criticam a medida representam os mesmos que, no passado, foram contra a jornada de oito horas, a criação do salário mínimo, a instituição do 13º salário, entre outros avanços. É sempre assim: toda vez que uma medida que beneficia os trabalhadores começa a ser discutida, os donos do dinheiro se unem para barrá-la, com a alegação de que as mudanças podem afetar a economia, o que a história já demonstrou ser uma falácia.
Na prática, enquanto o Brasil que trabalha luta pela aprovação da proposta, os que vivem de renda e aqueles que exploram o trabalho alheio se esforçam para tentar convencer a população que a proposta é ineficaz ou impossível de ser implementada no país. No entanto, empresas de diversos setores em vários países já reduziram a jornada de trabalho, com ótimos resultados.
Além de melhorar a vida dos trabalhadores, a redução da jornada sem diminuição salarial beneficia a economia. Experiências internacionais demonstraram aumento da produtividade e crescimento econômico. No Brasil, a proposta pode gerar até 6 milhões de novos empregos.
No setor privado de ensino, os professores e as professoras também aderiram à campanha contra a escala 6×1, com a reivindicação do fim dos sábados letivos. Afinal, é extremamente factível ter os 200 dias letivos, conforme exige a LDB (Lei de Diretrizes e Bases), sem aulas aos sábados (confira ao lado a sugestão de calendário escolar para 2025).
Para a categoria, o fim das aulas aos sábados significa mais tempo para descanso, qualidade de vida e saúde física e mental – imprescindíveis para dar conta dos desafios do mundo do trabalho atual. “Essa será uma das nossas principais demandas na campanha reivindicatória. Os professores e professoras estão exaustos e exigem mais tempo livre, para estar com a família e para se dedicarem a outros afazeres. O descanso também um é direito. Chega de exploração! Sábado letivo não!”, ressaltou a presidenta do Sinpro Minas, Valéria Morato.
Queremos tempo para viver! Sábado letivo, não!
Confira aqui nossa proposta de calendário para o ano letivo de 2025.
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
plantaojuridico@sinprominas.org.br
RUA JAIME GOMES, 198 – FLORESTA – BELO HORIZONTE/MG – CEP 31015-240
FONE: (31) 3115.3000 | SINPROMINAS@SINPROMINAS.ORG.BR
COPYRIGHT © 2022 SINPRO MINAS – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.