A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), central sindical classista, fundada em abril de 2007, consciente da importância do fortalecimento dos movimentos sociais para o desenvolvimento da luta emancipatória da classe trabalhadora; consciente de que os trabalhadores se organizam nos sindicatos, movimentos populares, igrejas, comunidades, partidos, etc; consciente do papel fundamental da luta contra o racismo para construção do socialismo, vem a público no dia 20 de novembro manifestar apoio as bandeiras de luta do movimento negro brasileiro e se colocar como um instrumento de combate ao racismo.Dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, está na agenda cívica nacional, nele rememoramos a batalha de Palmares e a histórica luta da população negra contra a escravidão, contra o racismo e contra as assimetrias política, social e econômica que privilegia os brancos – especialmente os que lucram com a exploração dos trabalhadores. Há 313 anos da morte de Zumbi e da destruição de uma da mais bela experiência libertária de nossa história, após 120 anos da abolição da escravidão no Brasil, a contradição trabalho & apropriação dos resultados do trabalho mantém-se intacta.O capitalismo explora impiedosamente os trabalhadores – classe social que se encontra a maioria dos negros e negras – e, tal qual os senhores de engenhos, a burguesia se apropria gananciosamente das riquezas produzidas pelos braços dos trabalhadores negros.O compromisso da CTB com a valorização do trabalho exige que denunciemos que as elites nacionais, contando com a contribuição do Estado, durante 508 anos empreenderam um processo de exploração e racismo sobre a população negra. Fato gerador de desigualdade entre negro e brancos, por isso a média de rendimento do trabalho principal é R$ 590,00 para os brancos e R$ 276,00 para os negros, ou seja, os negros recebem 53% do rendimento dos brancos. Com quatro anos de estudos os brancos recebem em média R$ 618,00 e os negros R$ 433,00. Com quinze anos de estudos os brancos recebem em média R$ 2.601,00 e os negros R$ 1.790,00. Ainda que tenha a qualificação semelhante e ocupem a mesma função os negros têm rendimento inferior em todas as faixas de estudos, sem contar com o recorte de gênero, pois a mulher negra acumula maior desvantagem salarial. Através do trabalho se constroem e mantém a iniqüidade das desigualdades socioeconômicas entre negros e brancos. No Brasil elas são acentuadíssimas: até 2005, 46,3% dos negros estavam vivendo abaixo da linha de pobreza, enquanto os brancos eram 22,9%.A CTB compreende que a emancipação da classe trabalhadora e a construção da verdadeira democracia no Brasil serão impossíveis sob a égide do capitalismo e do racismo; que o neoliberalismo carrega uma mensagem racista, pois produz crises econômicas, que conseqüentemente, afloram nacionalismos xenófobos e várias formas de intolerâncias, impactando com maior perversidade sobre as populações vítimas do flagelo da violência racial. Por isso chamamos toda população e movimento negro para somar-se a luta unitária contra a opressão capitalista e contra os entulhos racistas que persistem em nossa sociedade.É importante destacar que o período atual se constitui no de maior aprofundamento da democracia no Brasil, com a ascensão de forças progressistas no poder sob a liderança de Luis Inácio Lula da Silva, permitindo importantes avanços da intervenção governamental na promoção da igualdade racial. Há, também, uma onda progressista na América Latina, com um índio governando a Bolívia, um afro-indígena governando a Venezuela e forças antiimperialistas governando o Paraguai, Nicarágua, Uruguai, Equador, Argentina, dentre outros países; a vitória de Barack Obama nos Estados Unidos contribui, também, com a composição de um cenário político positivo para o combate ao racismo. Estamos num momento favorável para influenciar governos, propor, construir convencimentos e consensos, para implementação de medidas contra o racismo e contra toda forma de opressão.Apoiamos as bandeiras históricas do movimento negro e propomos: * Unidade entre o movimento sindical e movimento negro na construção de uma agenda de luta; * Isonomia salarial: salários iguais para funções iguais; * Fim da exigência de boa aparência e de foto no currículo para contratação; * Medidas contra a não contratação de negros no setor bancário, no comercio, dentre outros; * Obrigatoriedade da inclusão de medidas anti-discriminatórias nas convenções coletivas. Secretaria Nacional de Combate ao Racismo
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
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