Nesta quinta (18/2), 23 entidades de representação de trabalhadores/as da área da educação e de estudantes protocolaram, em diversos órgãos municipais e estaduais, um dossiê que aponta as razões pelas quais elas consideram um grande risco o retorno às aulas presenciais, neste momento.
O documento apresenta também a proposta de um programa de atendimento às crianças, adolescentes e adultos que as autoridades poderiam executar, enquanto as taxas de contaminação não permitirem a reabertura das escolas. E, ao final, o dossiê traz uma série de reportagens veiculadas pela imprensa sobre as consequências de vários retornos à sala de aula no Brasil e no mundo, os impactos da Covid 19 em crianças e adolescentes, a mutação do vírus, a falta de condições dos hospitais para atender a população contaminada, etc.
Além da Câmara Municipal, o documento foi protocolado no governo do Estado, nas Secretarias Estadual e Municipal de Educação, na Assembleia Legislativa, na Prefeitura de BH, no Comitê de Enfrentamento à Epidemia da Covid-19 em Belo Horizonte, no Sindicato dos Médicos de Minas (SinMed/MG) e no Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG).
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Audiência Pública exclui o povo
Lideranças destas 23 entidades educacionais também se manifestaram em frente à Câmara Municipal de Belo Horizonte, onde, nesta tarde, foi realizada audiência pública para discutir a reabertura das escolas na capital. Ela foi convocada pela Comissão de Educação da Câmara Municipal, mas com vetos à participação de representantes dos trabalhadores da educação e dos estudantes.
A presidenta do Sinpro Minas, Valéria Morato, participou da manifestação. “É importante ressaltar que não estamos contra o retorno ao trabalho presencial. O nosso trabalho é presencial, só não pode ser neste momento. As mortes estão aumentando. Estamos há várias semanas com mais de mil mortos por dia e nem isso faz com que as autoridades, eleitas pelo povo, se disponham a discutir com as entidades representativas dos trabalhadores, trabalhadoras e dos/as estudantes. Uma audiência pública que exclui o povo não tem o menor valor”, ressaltou Valéria Morato.
A diretora do Sind-Rede (Sindicato dos Trabalhadores da Educação da Rede Pública Municipal de BH) Vanessa Portugal afirmou que é preciso levar em consideração o valor da vida. “São importantes as ponderações que estamos fazendo, da incapacidade e da insegurança para os/as trabalhadores/as, estudantes e suas famílias em caso de reabertura das escolas neste momento”.
O Sinpro Minas, por meio da sua diretoria, tem realizado reuniões com representantes das prefeituras dos municípios mineiros para discutir a inclusão dos/as professores/as no grupo prioritário para a imunização e um protocolo de ações seguras para um retorno futuro.
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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