Em declaração ao jornal O Estado de S.Paulo, Almeida afirmou que o salário mínimo “caro demais”. E considerou que “se ele continuar crescendo, a gente tem que ver como financiar isso”.
O gráfico abaixo mostra a evolução do mínimo desde 2003. Ainda que em linha ascendente os reajustes dados em 2017 e 2018 estão bem abaixo dos que foram aplicados em 2015 e 2016.
Considerada uma das políticas mais revolucionárias do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e continuada por Dilma Rousseff até o golpe de 2016, a política de valorização do salário mínimo se configurou como um avanço institucional importante ao garantir um aumento real do salário em 76%.
“Se não houvesse o aumento, o valor que é R$ 954 seria em torno de R$ 540”, lembrou Clemente Ganz Lúcio, diretor do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Ganz Lúcio ainda destacou que “ela [a política de valorização] credita previsibilidade aos agentes econômicos, principalmente para os empregadores. É uma política coerente. O aumento real segue o crescimento da economia”.
Golpe de 2016
O golpe de maio de 2016 trouxe retrocessos imensos. Em 2018, o aumento do salário mínimo ficou abaixo da inflação, o que não ocorria desde 2003, primeiro ano de Lula na presidência. O valor foi reajustado em 6,48%, mas o INPC do ano foi de 6,58%, representando uma perda de 0,1%.
Agora, a perda acumulada em dois anos é de 0,34% e o mínimo retornou ao patamar de 2015, segundo cálculos do Dieese.
Cerca de 48 milhões de pessoas no Brasil recebem salário mínimo. Nesse sentido, avalia o economista do Dieese, há um impacto no crescimento econômico, pois qualquer recurso extra vai para o consumo, o que poderia estimular um crescimento mais sustentável da economia. “Sem a valorização, a capacidade de consumo da classe trabalhadora é dissolvida e a economia não alcança caminhos para a retomada”, diz Ganz Lúcio.
Joanne Mota do Portal CTB – Com informações das agências
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