Categoria está mobilizada pela valorização da carreira docente
Professores do setor privado do Sudeste de Minas Gerais fazem assembleia no dia 15 de março (quarta-feira), às 18 horas, para discutir o rumo da campanha reivindicatória deste ano.
A assembleia será realizada na regional do Sinpro Minas em Barbacena e pelo formato online, por meio da plataforma Zoom (endereço no final da página).
A atual Convenção Coletiva de Trabalho da categoria (CCT Sudeste), assinada em outubro do ano passado, assegurou por dois anos as cláusulas sociais. A cláusula econômica e a de bolsas de estudos são dois pontos pendentes para este ano.
A categoria reivindica um reajuste salarial que recomponha as perdas inflacionárias desde 2020, mais 5% de ganho real, mas o patronal ainda não apresentou uma contraproposta econômica para os docentes.
Os professores da região também vão voltar a discutir a situação das bolsas de estudos. Neste momento, a cláusula que trata do assunto está na Justiça, com julgamento previsto para abril, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), quando os ministros vão decidir se concordam com o pedido do Sinpro Minas para manter os atuais critérios de distribuição dos benefícios.
Os donos de escolas querem alterar os critérios de distribuição das bolsas “para fora da casa” – quando os professores querem pedir o benefício para escolas onde não lecionam. A intenção deles é adotar um recorte econômico, o que levará muitos docentes sindicalizados a perder o direito de requerer o benefício.
Na avaliação da diretoria do Sinpro Minas, essa é uma forma de, em curto prazo, acabar com as bolsas “para fora da casa” – um direito conquistado pela categoria desde a década de 50.
Na região, os professores permaneceram sem uma CCT assinada por mais de dois anos – do início de 2020 até outubro do ano passado. Isso porque, em todas as reuniões de negociação, os donos de escolas reafirmavam que, para fechar um acordo, era preciso retirar ou precarizar direitos históricos da categoria.
Eles queriam, por exemplo, reduzir o adicional por tempo de serviço dos atuais 5% para 3% e alterar o período de férias e recesso da categoria, entre outras mudanças muito prejudiciais aos professores.
Como a categoria se manteve mobilizada, com manifestações e paralisações, e se recusou nas assembleias a aceitar a retirada de direitos, o impasse foi parar na Justiça, após ação do Sinpro Minas. Em outubro do ano passado, o sindicato patronal resolver recuar, o que permitiu fechar um acordo, com validade de dois anos, assegurando a manutenção das conquistas históricas. A cláusula de bolsas foi a única que ficou para ser apreciada pela Justiça do Trabalho.
“Conseguimos um importante avanço ao fecharmos no ano passado o acordo e assinarmos a Convenção, com a garantia das nossas conquistas. Isso somente foi possível em função da luta dos professores, que se mobilizaram e forçaram os donos de escolas a recuar em vários pontos. Vamos mais uma vez mostrar nossa força, com a participação nas assembleias e nas mobilizações, para garantir a assinatura de um acordo que represente de fato a valorização da carreira docente”, destacou o diretor do Sinpro Minas Newton de Souza.
Assembleia de professores do Sudeste de Minas
Plataforma Zoom
Data: 15 mar. 2023 | 18:00
Entrar na reunião Zoom
https://us02web.zoom.us/j/89511987278?pwd=THhGV1JQWEsvRGV6OUtBcEdPNnBwZz09
ID da reunião: 895 1198 7278
Senha de acesso: 638374
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
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