Professoras e professores do setor privado de ensino em Minas Gerais decidiram, em assembleia na noite dessa terça-feira (24), entrar em greve.
Os donos de escolas insistem em retirar direitos conquistados há décadas e se mostram irredutíveis a não negociar com o Sinpro Minas a partir do patamar mínimo para se abrir negociações, conforme deliberado em assembleias anteriores da categoria, que é a manutenção dos direitos já conquistados através de muitos anos de lutas e resistências.
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Clique aqui e leia: Estudantes declaram apoio à greve dos professores
Clique aqui e confira o comparativo entre a proposta patronal e atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos professores
Cerca de 2000 professores lotaram novamente o hall da ALMG e entenderam que a única forma de serem ouvidos, diante da postura intransigente dos donos de escola, é paralisar totalmente suas atividades. Professores e professoras de mais de 60 escolas estiveram presentes no ato. Muitos alunos e representantes de grêmios, diretórios centrais de estudantes bem como movimento estudantil também estiveram na assembleia reiterando seu apoio à luta dos seus professores por nenhum direito a menos.
Representantes de outros sindicatos de diversas categorias marcaram presença em apoio e solidariedade à luta dos trabalhadores, assim como alguns pais e mães de alunos/as que compreenderam que uma educação de qualidade para seus filhos depende de professores valorizados e motivados em sala de aula.
Às 10h de quinta-feira, 26, está marcada uma audiência de mediação que reunirá os dois sindicatos, dos professores e dos donos de escolas, no Tribunal Regional do Trabalho, e às 16h será realizada nova assembleia no hall da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, para avaliar a reunião no TRT e definir os rumos do movimento grevista.
Segundo a presidenta do Sinpro Minas, paralisações e greves se validam quando o trabalhador se sente lesado: “Nossa luta é por garantia de direitos conquistados. Não vamos começar a lutar depois que esses direitos forem retirados. Nossa luta é agora. Não houve recuo na proposta lesiva que o patronal nos impõe. Então, a categoria entendeu, amparada pelos seus direitos constitucionais, que entra em greve a partir de amanhã.”
Às 10h desta quarta-feira, 25, a categoria vai apresentar uma aula pública sobre as suas reivindicações e a contraproposta afrontosa à dignidade dos/as professores/as que os donos de escolas insistem em enfiar goela abaixo dos/as docentes.
Dentre os inúmeros ataques que os donos de escolas impõem aos professores os mais críticos são: perda do adicional por tempo de serviço, perda das bolsas de estudos para professores e dependentes, perda do intervalo (recreio) dos/as professores/as, retirada da cláusula de atestado médico (ou seja, professor não pode adoecer), retirada da representatividade do sindicato (legítimo representante da categoria, conforme apregoa a Constituição da República), retirada da estabilidade do professor aposentando, perda significativa do adicional extraclasse (uma vez que propõem que o professor trabalhe 10% a mais sem remuneração devida), reajuste de 1%, abaixo da inflação – sendo que as mensalidades escolares reajustaram em média 12%.
Uma nova assembleia da categoria, para avaliar os rumos do movimento grevista está prevista para o dia 26, às 16h no Espaço democrático da ALMG.
Confira a agenda das mobilizações aprovada pelos/as professores na assembleia
– A partir de 25/04 os professores do setor privado de ensino encontram-se em GREVE.
– 25/04, às 10h: Aula pública na praça da Savassi para esclarecer à população sobre nossa pauta de reivindicações bem como o desrespeito patronal aos/às professores/as.
– 26/04, às 10h: Manifestação na porta do TRT-MG (Avenida Getúlio Vargas, 225, Funcionários) durante audiência de mediação entre sindicato profissional e patronal
– 26/04, às 16h: NOVA ASSEMBLEIA DA CATEGORIA para deliberar acerca do movimento – ALMG, Espaço Democrático (hall) – Rua Rodrigues Caldas, 30 – Santo Agostinho.
Confira na galeria abaixo mais fotos da assembleia de professores do dia 24/04, que deliberou por greve
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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